Era um domingo, perto das 18h, quando chegou uma nota de falecimento. O problema? Não havia locutor disponível para fazer o anúncio. Liguei para o diretor, esperando que ele resolvesse a situação, mas a resposta dele foi curta e direta: “Faça você!”
VALORIZAR ONDE ESTAMOS: O CAMINHO PARA O CRESCIMENTO
O maior erro de muitos profissionais hoje é acreditar que estão enganando alguém. Fingem que trabalham, fazem o mínimo necessário, esperam reconhecimento sem esforço e vivem em um ciclo de mediocridade. Mas a verdade é uma só: quem realmente trabalha e quem apenas finge que trabalha são facilmente reconhecidos. E quem finge, cedo ou tarde, é descartado.
Você realmente está dando o seu máximo ou apenas ocupando um espaço? Está construindo um futuro ou apenas cumprindo horário?
Minha jornada na comunicação começou na década de 90, quando entrei como auxiliar de sonoplastia em uma emissora de rádio local. Eu ficava nos bastidores, operando equipamentos, ajustando o som, sem precisar falar ao microfone. Era um ambiente que me fascinava, mas eu nunca tinha pensado que um dia estaria do outro lado, falando para tantas pessoas.
Com o tempo, fui crescendo dentro da emissora. Me tornei sonoplasta oficial e depois produtor no Estúdio B, onde editava áudio e preparava os programas. Estava confortável nesse papel, trabalhando na técnica, sem precisar aparecer.
Mas um dia, tudo mudou.
Era um domingo, perto das 18h, quando chegou uma nota de falecimento. O problema? Não havia locutor disponível para fazer o anúncio. Liguei para o diretor, esperando que ele resolvesse a situação, mas a resposta dele foi curta e direta:
“Faça você!”
Naquele momento, congelei. Eu tinha 16 anos. Nunca tinha falado ao vivo. Mas eu sabia que a rádio precisava daquilo. Então, respirei fundo, ensaiei algumas vezes e fiz o anúncio.
Assim que terminei, corri para o computador da censura para ouvir como tinha ficado. Meu coração batia acelerado. E naquele instante, algo dentro de mim mudou.
Ganhei meu primeiro programa de rádio, aos domingos, das 13h às 15h. Mas eu queria inovar. Então comecei a ligar para bandas e pedir CDs e DVDs para sorteios.
Naquele tempo, as pessoas compravam CDs e DVDs, e sorteios faziam sucesso. Isso fez com que o meu programa, chamado Sucessos de Bandas, crescesse rápido.
Com o crescimento da audiência, me deram a oportunidade de vender publicidade. No início, foi difícil, mas aos poucos fui fechando contratos.
Até que chegou um momento em que minhas comissões eram maiores do que meu próprio salário fixo na rádio.
Percebi que cada oportunidade, por menor que pareça, pode ser o começo de algo grandioso. Se eu tivesse recusado, talvez nunca tivesse descoberto minha verdadeira vocação. Mas, acima de tudo, entendi que a dedicação e o compromisso falam mais alto do que qualquer discurso.
E é aqui que eu te pergunto: você está esperando que algo aconteça ou está fazendo acontecer? Você se comporta como alguém que merece crescer ou apenas como alguém que ocupa um cargo? Seu patrão sabe a resposta, e você também.
Quem quer crescer se entrega, aprende, faz além do esperado. Quem finge que trabalha, se esconde, enrola, e quando percebe, perdeu tempo, perdeu oportunidades e perdeu a confiança de quem realmente importa.
Em todas as empresas por onde passei, sempre dei o meu melhor. Busquei aprender, contribuir para o crescimento do lugar onde estava, pois entendo que, se a empresa prospera, eu também prospero. Afinal, é essa empresa que me proporciona sustento, aprendizado e crescimento.
Por isso, sempre fui leal, sempre defendi com unhas e dentes o local onde trabalhei. Fiz o que estava ao meu alcance e, muitas vezes, até mais do que poderia. Isso fala sobre quem somos, nossos princípios, nossos valores e nosso caráter. A forma como nos dedicamos ao trabalho reflete diretamente nossa essência e compromisso com a vida.
A escolha sempre será sua: ser alguém que constrói um legado ou ser alguém que será facilmente esquecido. O que você faz hoje define onde você estará amanhã.
Quem faz sua história é você.
Por Junior Aurélio Vieira de Oliveira
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