Quem te corrige, te empurra
Tem gente que não cresce porque não aguenta ser corrigida. A primeira frase dura já é motivo pra se fechar. O primeiro confronto vira mágoa. O primeiro puxão vira motivo pra sair do grupo, abandonar o projeto, desistir do processo.
Mas quem quer ser grande precisa aprender a separar ego de evolução.
Não é confortável ser corrigido. É um choque. É um freio. É um espelho sem filtro. Mas é exatamente isso que te põe no eixo de novo. A correção te traz de volta pra rota. Te chama de volta pro que importa. E você só percebe isso depois que amadurece o suficiente pra enxergar que não era ataque. Era amor disfarçado de dureza.
Quem te corrige, te empurra. Te provoca. Te instiga. A correção não vem pra te humilhar. Ela vem pra te puxar pra cima. Mas isso só funciona se a sua vontade de crescer for maior que a sua carência de aplauso.

Repreensão é um presente. Um presente duro, mas valioso. E a gente só recebe esse presente de quem tem coragem. Porque é mais fácil agradar. É mais fácil fingir que está tudo bem. É mais fácil sorrir e concordar. Difícil mesmo é falar o que precisa ser dito, sabendo que você pode não gostar.
Por isso, valorize quem te corrige. Valorize o mentor que não passa a mão na sua cabeça. Valorize o amigo que fala a verdade mesmo sabendo que pode te magoar. Valorize o chefe que não mede palavras pra te mostrar onde você está errando. Esses são os que realmente querem te ver indo além.
E aqui entra um ponto essencial: não se iluda com ambientes que só te elogiam. Nem todo sorriso é sincero. Nem todo tapinha nas costas é suporte. Tem ambientes onde o excesso de aplauso é sinal de abandono. Ninguém te corrige porque ninguém mais acredita que você pode melhorar.
Então quando alguém que te respeita, que te admira, que já construiu algo na vida, te repreende... não revida. Receba. Respira. Reflita. Cresça. Porque isso é sinal de que você ainda é moldável. E enquanto você for moldável, você tem chance de ser extraordinário.
O barro que endureceu demais não serve mais pra nada. Não pode mais ser moldado. É só um peso, parado. Mas o barro flexível ainda pode virar algo bonito. Pode virar forma. Pode virar função. Pode virar história.
Você quer ser peso... ou propósito?
Aceite o desconforto. Seja ensinável. Se posicione menos pra se defender e mais pra aprender. Quem se fecha à correção já assinou o próprio fracasso. Mas quem se abre pra ser moldado está sempre em movimento.
A pergunta que fica é: você está disposto a ouvir o que precisa, mesmo quando não gosta do tom?
Por Junior Aurélio Vieira de Oliveira
É assim que eu penso.
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Fonte: Opinião
Autor: Junior Aurélio Vieira de Oliveira
Crédito da imagem: Junior Vieira
Repórter: Junior Vieira