Presidente do Senado também pode concorrer ao governo de Minas Gerais
Neste sábado, 1º de fevereiro de 2025, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) encerrou seu mandato de quatro anos à frente da presidência do Senado Federal. Em entrevista coletiva antes da sessão que elegerá seu sucessor, Pacheco destacou a defesa da democracia como o principal legado de sua gestão. Ele afirmou que, durante um período marcado por negacionismo e ataques antidemocráticos, o Senado se manteve firme na proteção das instituições democráticas do país.
Pacheco também expressou gratidão ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reconhecendo que, apesar das divergências, o relacionamento entre as duas Casas foi pautado pelo respeito e colaboração, resultando na aprovação de importantes marcos legislativos para o Brasil.
Ao fazer um balanço de sua gestão, Pacheco ressaltou a produtividade do Senado, mencionando a aprovação de reformas significativas, como a tributária, e a atuação decisiva durante a pandemia de Covid-19. Ele enfatizou que a defesa da democracia foi uma constante, especialmente em momentos de ataques às instituições e disseminação de desinformação.
Sobre seu futuro político, Pacheco não descartou a possibilidade de concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026, afirmando que é um sonho de qualquer político governar seu estado natal. Ele também mencionou estar honrado com especulações sobre assumir um ministério no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas destacou que ainda é momento de reflexão antes de tomar qualquer decisão.
A eleição para a nova presidência do Senado ocorre ainda hoje, com o senador Davi Alcolumbre (União-AP) sendo o favorito para assumir o cargo. Alcolumbre já presidiu a Casa entre 2019 e 2021 e conta com o apoio de diversos partidos, incluindo PT, PL, PP, PSB, União Brasil, MDB e PSD.
Rodrigo Pacheco deixa a presidência do Senado com a reputação de ter atuado como um moderador entre os Poderes, buscando a harmonia institucional e a defesa das prerrogativas do Legislativo. Sua gestão foi marcada por desafios significativos, como a condução da CPI da Covid-19 e a mediação de tensões políticas em um período de intensa polarização no país.