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03/05/2025 10:09

Geração nem-nem: o Brasil que mata a coragem de sonhar



Hoje, o vitimismo virou caminho mais fácil. O esforço virou opressão. E ninguém ensina o básico: que a vida é feita de desafios, de cair e levantar.

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Geração nem-nem: o Brasil que mata a coragem de sonhar

Senta aqui comigo, imagina que estamos tomando um café e conversando de verdade. Você já parou pra pensar que hoje, no Brasil, 5,3 milhões de jovens entre 14 e 24 anos não estudam e nem trabalham? Isso mesmo. É o dado que o Ministério do Trabalho divulgou nesta semana. E sabe o que isso mostra? Que estamos deixando uma geração inteira parada sufocada entre a falta de oportunidades e o excesso de julgamentos.

A maioria desses jovens é mulher, muitas delas com filhos pequenos. E esse número não é só estatística. É um alerta. Um retrato de um país que está perdendo o próprio futuro por inércia, descaso e uma bagunça de valores.

Uma geração travada

Mesmo com a queda no desemprego juvenil que foi de 25% em 2019 e caiu para 14,3% em 2024, o cenário continua preocupante. Esses milhões de jovens da geração Z estão fora do estudo, fora do mercado, e pior: muitos que até conseguem uma vaga acabam desistindo por causa de condições precárias, falta de valorização ou puro esgotamento emocional.

Pra você ter ideia, 1 em cada 4 jovens entre 18 e 24 anos desenvolveu problemas de saúde mental por causa do trabalho. Olha o que estamos fazendo com essa geração… tratando como número, como peça de reposição e não como gente que está tentando construir algo digno.

E o mais grave: isso não começou agora. A verdade é que faz anos que o Brasil vai empurrando seus jovens pra margem, fingindo que não vê. Isso é consequência de um sistema que não se atualiza, de políticas que não funcionam e de uma cultura que virou o mundo de cabeça pra baixo onde fracassar é aceito, mas tentar vencer é quase um pecado.

E aí eu te pergunto, com sinceridade: onde vamos parar se continuarmos nesse ritmo?

Quando aparece uma vaga, eles agarram

O estudo também mostrou que o número de estagiários cresceu bastante de 642 mil em 2023 para 990 mil em 2025. Além disso, temos 633 mil jovens aprendizes, com um salário médio de R$ 914. A maioria dessas vagas é ocupada por mulheres que estão cursando ou já terminaram o ensino superior.

Ou seja: quando a oportunidade aparece, o jovem não foge ele entra. O problema é que ainda são poucas as portas abertas. E quando existem, muitas são estreitas demais.

Mas e o empreendedor?

E aqui entra uma parte que eu preciso dizer com o coração aberto: em um país onde o empreendedor é tratado como vilão, como é que a gente vai incentivar alguém a construir?

Como formar líderes, criadores, gente que pensa, age, realiza… se tudo ao redor aponta o dedo pra quem tenta?

Hoje, o vitimismo virou caminho mais fácil. O esforço virou opressão. E ninguém ensina o básico: que a vida é feita de desafios, de cair e levantar. A gente está formando jovens que têm medo de errar. Que esperam tudo pronto. Que não foram ensinados a lutar por um lugar.

E o futuro?

Com a chegada da inteligência artificial e da automação, principalmente nas funções administrativas, os empregos mais simples e acessíveis aos jovens estão com os dias contados. A necessidade de qualificação é urgente.

Mas não é só técnica que falta. Falta preparo emocional. Falta incentivo. Faltam bons exemplos. Falta liberdade pra tentar, falhar e tentar de novo.

Ou damos espaço, ou perdemos de vez

O Brasil precisa parar de empurrar sua juventude pro canto. Os jovens não são o problema. São a solução mal aproveitada. Quando um jovem volta a sonhar, toda uma comunidade é transformada. Mas pra isso, ele precisa enxergar um caminho não um muro.

Empreender não é pra elite. É pra quem tem coragem de dar o primeiro passo. Mas coragem sem espaço, sem incentivo, sem respeito… morre antes de nascer.

E se os jovens não quiserem empreender, que pelo menos tenham oportunidades reais de construir uma vida com dignidade, escolha e propósito.

O Brasil precisa de jovens que sonham e de adultos que abrem caminhos.

Se você acredita nisso, compartilha essa ideia. Fala sobre isso. Não deixa essa conversa morrer. Vamos juntos construir uma geração que não aceite ser deixada pra trás.

Por Junior Aurélio Vieira de Oliveira.

Me acompanhe no Instagram: @jr_vieira.oficial.

É ASSIM QUE PENSO!

Fonte: Pesquisa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgada em abril de 2025.




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